
→Todo sistema de tratamento de esgoto visa retirar ou minimizar os poluentes presentes no esgoto antes do seu descarte no meio ambiente. São utilizados processos físicos, químicos e biológicos em uma planta de tratamento de esgoto.
Os sistemas compactos de tratamento de esgoto se encaixam perfeitamente como solução para empreendimentos que necessitam realizar o tratamento do esgoto sanitário antes do lançamento em rede coletora ou descarte em corpo hídrico/sumidouro.
Veja abaixo as vantagens de uma ETE Compacta:
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pré-fabricados, o que garante agilidade na implantação;
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baixo requisito de obra civil;
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modulares, permitindo possíveis expansões futuras;
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menor valor de investimento, se comparados a sistemas construídos integralmente em alvenaria;
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Baixo consumo de energia;
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Baixa geração de lodo;
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Operação simplificada, se comparado a sistemas convencionais.
Os tanques utilizados nos sistemas de tratamento de esgoto da TEGA são projetados em software 3D e calculados conforme normas técnicas para validação da estabilidade e rigidez. A fabricação é realizada em Plástico Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV) que possui as seguintes características:
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Alta resistência mecânica e química;
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Alta durabilidade;
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Leveza.
Os materiais elétricos, sopradores, bombas, difusores, instrumentação de processo e demais componentes utilizados são da mais alta qualidade e garantem alta eficiência, robustez ao processo e atendimento às legislações ambientais.
A seguir, mostramos em detalhes o passo a passo como funciona um sistema de tratamento de esgoto concebido através de processo misto, anaeróbio e aeróbio:
1) Gradeamento e caixa de areia
Em sua primeira etapa, o tratamento do esgoto consiste na separação da parte líquida da sólida. Inicialmente o sistema é composto pela etapa de gradeamento com a função de reter sólidos grosseiros e preservar equipamentos como bombas, tubulações, válvulas de retenção e evitar a obstrução de crivos.
O gradeamento é seguido de caixa de areia tipo canal, onde a velocidade de passagem é controlada pela calha parshall instalada ao final da unidade.
2) Estação elevatória de esgotos
Após passar pelo gradeamento, o efluente é direcionado ao poço (alvenaria) para então ser recalcado para o sistema de tratamento de esgoto através de um conjunto de bombas submersíveis, sendo 1 em operação e 1 em stand by (com comutação automática), o acionamento das bombas é realizado por sensores de nível que ligam e desligam automaticamente as mesmas.
3) Reator anaeróbico de fluxo ascendente (Rafa/UASB)
O processo de tratamento ocorre com fluxo ascendente do efluente que atravessa o manto de lodo, composto por diversos microrganismos estritamente anaeróbios.
Esta biomassa rapidamente converte a carga orgânica do efluente em biogás, através do processo de fermentação e também gera novas células (lodo). No topo do reator existe um separador trifásico que separa o lodo, o efluente líquido tratado e o biogás.
4) Filtro aeróbio submerso (FAS)
O Filtro Aerado Submerso (FAS) é um sistema de tratamento aeróbio, que utiliza como meio suporte o polipropileno injetado para crescimento aderido dos microrganismos responsáveis pela remoção da matéria orgânica presente no esgoto. O oxigênio é fornecido através de sopradores e difusores de bolha grossa
5) Decantador secundário
A separação da fase líquida (efluente tratado) e fase sólida (lodo) é realizada no decantador secundário, o lodo retorna de maneira contínua ao FAS. Já a retirada do excesso de lodo aeróbio é feita diariamente e de forma automática para o UASB para digestão.
6) Desinfecção
Para remoção de patógenos no efluente tratado faz-se a adição de agente desinfetante normalmente a base de cloro em tanque chicaneado com tempo de detenção hidráulica mínimo de 30 minutos para redução de coliformes totais no efluente antes da disposição final do mesmo.